Um atraso na aquisição e automatização das competências da leitura e escrita.
Dificuldades acentuadas ao nível do Processamento Fonológico: Consciência, Codificação e Nomeação.
Velocidade de leitura bastante lenta para a idade e para o nível escolar.
Dificuldade na leitura de palavras regulares, irregulares, frequentes, pouco frequentes e pseudopalavras.
Dificuldades na memória verbal e na memória de trabalho.
Leitura silabada, decifratória, hesitante e com bastantes incorrecções.
Omite ou adiciona letras e sílabas (ex: famosa-fama; casaco-casa; livro-livo; batata-bata; biblioteca/bioteca;
Confusão e dificuldades na descodificação de letras ou sílabas (o-u; p-t; b-v; s-ss-ç; s-z; f-t; m-n; f-v; g-j; ch-x; x-z-j; nh-lh-ch; ão-am; ão-ou; ou-on; au-ao; ai-ia; per-pre;)
Poderá ocorrer (apesar de não muito frequente) alguma confusão entre letras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço (b-d; d-p; b-q; d-q; n-u, a-e;…)
Na leitura, substituição de palavras por outras de estrutura similar, porém com significado diferente (saltou-salvou; cúbico-bicudo;...) e/ou substituição de palavras inteiras por outras semanticamente vizinhas (cão-gato; bonito-lindo; carro-automóvel).
Problemas na compreensão semântica e na análise compreensiva de textos lidos (devido à sua deficiente leitura).
Presença de muitos erros ortográficos: erros fonológicos e erros nas palavras grafo-fonémicas irregulares. Na escrita podem surgir palavras unidas ou separadas, repetição de letras ou de sílabas, colocação de letras ou de sílabas antes ou depois do lugar correcto.
Dificuldades em exprimir as suas ideias e pensamentos em palavras. Muitas dificuldades na escrita de composição. Dificuldades na organização das ideias no texto.
A qualidade da grafia poderá ser deficitária: letra rasurada, disforme e irregular.
Nota: Não é necessário que estejam presentes todos estes indicadores em simultâneo, para que seja diagnosticada um caso de dislexia. Estes indicadores devem apenas alertar para a possibilidade de um possível caso de dislexia, já que é preciso compreender a razão destes comportamentos.
Segundo vários autores não se pode falar de dislexia (ou melhor ... não se pode fazer um diagnóstico definitivo) antes dos 7 anos, ou para ser mais rigoroso, antes de pelo menos um a dois anos de aprendizagem escolar, pois anteriormente a esta idade erros similares são banais pela sua frequência.
Para um correto diagnóstico de uma perturbação da leitura é indispensável recorrer à avaliação COM profissionais experientes neste domínio.
Fonte: Portal da Dislexia